Meanwhile, in Australia. Snapchat me @PazPaz
Posted by Paz on Segunda, 20 de abril de 2015
Vem assim no repentino
(André Anlub - 15/6/14)
O amor qualquer de qualquer uma pessoa,
Visto num lugar abandonado,
Esparramado com folhas secas
E sombras anêmicas.
As árvores já estavam nuas,
Céu nublado e o vento seco;
Era de dar medo tal quadro, causava transtorno
Já em pensamento.
Faria tortura se estivesse realmente acontecendo.
O amor nessa brenha largado,
E as aves que aqui já deixaram
Abandonados seus velhos ninhos.
O sol (coitado) só batia de lado,
Tímido e afastado quase que sentindo frio.
O amor nesse terreno baldio,
Cercado por uma cerca velha e enferrujada,
Que em toda sua extensão
Servia de apoio para uma parreira.
Há um portãozinho branco descascado,
Empenado, torto, caído, pálido, podre,
Cheirando a lenha velha,
Louco para ser queimado,
Ser alforriado, mas para os cupins ainda com serventia.
E o amor ainda lá, deitado,
Quem sabe aguardando a chuva
Ou talvez a uva da parreira ao lado...
E de repente o amor lá, sorriu, avistou o pão, o vinho...
Viu alguém andando sozinho, vago,
com a cabeça baixa e o rosto cálido;
novamente riu, gargalhou...
Avistou seu alvo, sua vítima.
Ajustou sua mira e arrebatou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.