Na insistência do derradeiro amor
(André Anlub - 14/9/12)
Nas areias da praia inabitada de sua alma,
Caiu de súbito aquele imenso raio;
Transformou-se no mais resistente vidro:
Ninguém vê - ninguém pisa...
Ninguém quebra!
A perspectiva de um admirável amor
Faz bater o peito num ritmo frenético;
E é diurético no sangue que corre ligeiro
Feito um vírus bom, que espalha e entorpece.
Como uma cena em um teatro, à meia luz,
O espectador levanta e ovaciona...
Palmas ecoam por toda a realidade,
Fazem ondas que sorriem
Pelos mares, areias, pelos lençóis.
Sentimento inquestionável - inquieto
Incluso e visível até no breu mais profundo;
Transformou-se e foi transformador,
Agigantou-se - tocou o céu.
Ao menos um vento traz a verdade
Segredo de algum guerreiro antigo;
No céu o azul mais novo e amigo
Que exprime a valentia de apenas ser admirado.
Assim passou o dia,
Deixando só a memória
De mais um belo momento...
Ficam a saudade e o lamento,
Ficam o saber da busca e a brisa...
Mas também por pouco tempo.
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