Cotidiano
(André Anlub - 28/11/10)
Com idade de ser um homem feito
E com defeito que carregamos no peito,
Faço uma rima com carinho e verdade
E não imagino como seria de outro jeito.
E não aceito essa tal desigualdade,
Com respeito durmo tranquilo no meu leito.
Acordo às cinco horas com muita vontade,
Faço um verso para alegrar o meu dia.
Vou correndo pra bendita labuta,
Não vou xingado igual uns filhos da truta.
Vou contente sabendo que mesmo tardio,
O meu salário aparece no bolso.
O meu esforço jamais é a esmo,
Minha índole continua um colosso.
Por um momento paro e escrevo,
Por um segundo paro e te ouço.
Dá-me um abraço e me deseje bom dia;
Pego a marmita e encho de novo,
Carne moída e um bocado de ovo,
Para dar sustância e também energia.
Logo às seis horas largo esse batente,
Vou ao dentista arrancar mais um dente;
Chego em casa com uma fome danada,
Marco presença com minha doce amada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.